A Unimed, detentora de 80% dos direitos econômicos do jogador e
mantenedora de dois terços de seu salário no Fluminense, já havia
admitido propostas iniciais de Corinthians, Flamengo e São Paulo. Agora,
depois de anunciar a milionária proposta chinesa – que seria do Dalian
Aerbin – o presidente Celso Barros também revela que é Andrés Sanchez
que pode recolocar o Corinthians à frente na negociação. Mesmo sem cargo
oficial no clube, o ex-presidente ainda comanda o clube em diversos
temas, principalmente agora, momentos antes da eleição presidencial.
"Houve uma proposta apresentada pelo Flamengo, e o Fluminense recusou. E
tem o Corinthians, que poderá apresentar uma proposta. Tem que esperar o
Andrés [Sanchez] chegar, parece que ele está fora, mas eu acredito que
vai ter uma proposta pelo o que eu acompanhei", diz Barros, ao UOL
Esporte.
O presidente da Unimed afirma, mais uma vez, que conversou com o gerente
de futebol do Corinthians, Edu Gaspar, e que o clube agora aguarda
Andrés Sanchez para avançar. "Eu falei com o Edu e tem esta história,
que o Andrés vai chegar, e então a gente deve conversar. E, claro, tudo
tem que ser encaminhado ao Fluminense, mas estão esperando o Andrés
chegar. É essa a informação que eu tive", afirma.
No mercado do futebol, há outras informações que colocam o Corinthians à
frente, dentro do Brasil, na briga por Conca. A diretoria do São Paulo
já dava na noite desta terça-feira a negociação como improvável. O clube
fez uma oferta há duas semanas que envolvia pagamento em patrocínio,
recusada pela Unimed. Até agora, mantém negociação, mas não fez nova
oferta e não vê chances de vencer a concorrência. Conca era visto pelo
São Paulo como revanche contra o Corinthians após a negociação com o
também meia Dudu, de 22 anos, que decidiu jogar no rival.
O Palmeiras, outro rival corintiano, também se interessou pela
contratação do argentino. Nos últimos dias, a diretoria do presidente
Paulo Nobre fez consultas e sonhou alto com a possibilidade, mas chegou à
conclusão que será difícil. Na avaliação dos dirigentes palmeirenses, o
Corinthians é favorito para contar com o jogador do Fluminense.
Por deter a maior parte dos direitos econômicos e pagar dois terços do
salário do jogador, a Unimed é ponto chave na negociação. Disposta a
reduzir custos, a empresa está aberta a negócios em que possa recuperar
parte do que investiu para contratá-lo há um ano e também diminuir suas
despesas com o elenco do Fluminense.
A situação do jogador inspira maiores cuidados para a direção do
Fluminense. No fim do Campeonato Brasileiro, Conca foi procurado para
discutir um novo contrato que tiraria a responsabilidade de pagamentos
da Unimed. O argentino foi o único jogador do elenco a negar essa
possibilidade, sobretudo porque recusou oferta alta do futebol chinês
recentemente. Por lá, receberia quase o dobro do salário atual de R$ 750
mil.
Em contrapartida, o Fluminense está disposto a dificultar ao máximo a
liberação de seu maior ídolo. A avaliação é que perder Conca traria
prejuízos técnicos e com a torcida. Vice de futebol, Mário Bittencourt
pretende concorrer à presidência em 2016 e entende que negociar o meia
seria um duro golpe.
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