História do Kabaddi

terça-feira, 23 de agosto de 2011
Os Jogos Tradicionais constituem hoje um tema da Educação Física e uma prática esportiva e cultural em diversos países. No Brasil, em 1978 a então existente Campanha Esporte para Todos constatou por meio de seus voluntários a existência de mais de uma centena de jogos tradicionais, embora limitando-se à identificação das regiões de origem e de sua prática. Atualmente, há tendências internacionais de restauração destes jogos como atividade esportiva. Adiante, inclui-se um resumo de uma pesquisa de DaCosta publicada em 2004 sobre este tema, em livro internacional. Um exemplo típico desta reabilitação é o Kabaddi originário da Índia, que é uma modalidade esportiva coletiva de contato, envolvendo defesa e ataque. Os sete jogadores de defesa têm como objetivo capturar o jogador atacante, impedindo que ele retorne para o seu campo. Ao atacante só é possível marcar o ponto se, no momento do ataque, pronunciar sucessivamente “kabaddi, kabaddi...”. A história do Kabaddi vem da pré-história quando os homens defendiam-se dos animais e oponentes e atacavam em busca de alimentos. Embora não tenha registro formal, existem evidências que o Kabaddi tenha 4.000 anos. Na história épica da Índia um jovem guerreiro, Abhimanyu, sofreu uma emboscada envolvendo sete homens que fizeram uma barricada protegendo o ‘Chakrabhuha’.

O jovem guerreiro tentou ultrapassar a barricada mas foi cercado e capturado pelos sete homens defensores, derivando-se daí o jogo. Este é reconhecido também por outras nomenclaturas em diferentes países da Ásia: Chedugudu e Hu-Tu-Tu – Sudoeste da Índia; Hadudu e Chu-Kit-Kit – Sudeste da Índia, Bangladesh; Gudu – Sri Lanka; Guddo – Indonésia; Teechub – Tailândia; Dodo – Nepal; Chedigudu ou Chaddo-Guddo – Malásia; Kaudi – Paquistão. Hoje, por ser uma modalidade de baixo custo, sem o uso de equipamento específico e possuir espaço de jogo reduzido (campo com 10m x 12,5m), o esporte se desenvolve rapidamente com crianças em idade escolar, principalmente em escolas públicas e comunidades carentes de diversos países. 1936 Nos Jogos Olímpicos de Berlim, o Kabaddi foi esporte demonstração e nesta ocasião foi oficialmente reconhecido como modalidade esportiva.


Décadas de 1950 – 1970: A Federação Indiana de Kabaddi–KFI foi fundada em 1950, regulamentando o jogo e criando regras pela primeira vez. O primeiro Campeonato Indiano de Kabaddi aconteceu em 1955 e as mulheres puderam competir nesta inauguração. Em 1969 a Inglaterra fundou a Federação Inglesa de Kabaddi e realizou o 1º Campeonato Inglês da modalidade. Em 1973 foi fundada a Federação Indiana de Kabaddi Amador–AKFI, reformulando as regras a tornando o esporte mais atrativo. Juntamente com as Federações do Paquistão, Malásia, Nepal, Sri Lanka e Bangladesh, a AKFI, em 1975 fundou a Federação Asiática de Kabaddi.


1982 – 1991: O Kabaddi foi um dos esportes demonstração dos Jogos Asiáticos de 1982 e, em 1990, foi incluído definitivamente neste evento. Seis países reuniram-se e fundaram a World Kabaddi Federation em 1991: Índia, Paquistão, Malásia, Inglaterra, Canadá e Estados Unidos. Neste mesmo ano, ocorreu o primeiro Campeonato Mundial na história do Kabaddi envolveu as seleções da Índia, Paquistão, Canadá, Inglaterra e Estados Unidos. 1998 No Brasil, a então estudante da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais, Raquel Pedercini, produziu estudo pioneiro sobre o Kabaddi.


1999 – 2000: O Kabaddi começou a ser praticado no estado de Minas Gerais, onde escolas da rede pública e projetos sociais começam a oferecer o Kabaddi para as crianças até 14 anos.


2001: A Associação Mineira de Esportes Diferenciados e Cultura– AMEDEC foi fundada e o Kabaddi passou a ser administrado por ela.


2002: A AMEDEC passou a promover o Encontro Mineiro de Kabaddi.


2003: A professora de Educação Física, Raquel Pedercini, visita a Ásia e aprofunda seus conhecimentos sobre o Kabaddi na Malásia, trazendo-os para sua expansão no Brasil.


Situação Atual: O número de praticantes de Kabaddi passa dos 250 e sua prática ainda é restrita a Minas Gerais, especificamente, Belo Horizonte.

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